The extreme: O extremo paradoxo musical

Quem nunca ouviu aquela baladinha romântica More than words, da banda The Extreme?
– “Saying I love you, is not the words I want to hear from you”. Pois é, antes de entrar no mérito da qualidade geral da canção o fato é que mesmo sendo brega, melosa, ou qualquer rótulo que possa atribuir a ela esta é uma música que acho interessante. Não pela música em si, que até gosto, mas por seu contexto no rock.

- Peraí, eu li: Rock?

-É, Rock. Isso mesmo! Olhando a capa do disco aí em cima e dando uma ouvidinha na música (vide YouTube) já da pra ficar alguma coisa intrigado. A Música More than words foi a música de maior projeção desta banda, Extreme, mas o interessante é que ela é a única balada romântica no meio de muita pancadaria, rock’n roll pesado, punk rock entre outros, apresentados sempre com aquela famosa pose de mau digna de toda “boa” banda de rock dos anos 80… Ok, eles se esforçam, na verdade não parecem tão maus assim. Estão mais pra versão light do Twisted Sisters ou um Kiss meio tímido.

Tá certo que enquanto roqueiros não da pra dizer que eram ruins, até que tocavam bem. Da até pra achar solos legais de bateria e guitarra deles na internet, mas em seis álbuns de rock o Extreme da carreira deles ficou em: More than words… A balada romântica da década, gravada e regravada por meio mundo e inspiradora de casais apaixonados. Como isso?

Quem sabe o motivo de quase ninguém conhecer os outros trabalhos dos caras seja que eles não fossem roqueiros de fato, vai ver na realidade tinha lá uns camaradas românticos, quem sabe até inteligentes, com bons questionamentos da vida, só que a moda era ter banda de rock. Tinham que encarar até aquelas cabeleiras de Tina Tuner, fazia parte do show!

Até concordo que posso estar enganado, que eles poderiam ter sido apaixonados por rock e terem sido felizes como uma bandinha mediana e que More than words tenha sido um lance comercial só pra lançar o disco, quem vai saber?

O que da pra se perguntar é se estamos batendo na tecla certa no que diz respeito a nossas carreiras profissionais, no nosso jeito de ser, sabe? A cara que quero mostrar ao mundo, será que é a cara que a moda quer de eu mostre e estarei fadado a ser um Extreme, no meio do caminho entre ser e não ser? Ou estou deixando a inspiração falar com “mais do que palavras” e estou encontrando meu lugar ao sol? Fazer a diferença ou ficar na média da moda? Às vezes conseguir imprimir nossa história com a autenticidade de ser o que se é faz toda a diferença e por mais que não nos projete à fama pode nos levar a um estado de satisfação pessoal prá lá de prazeroso, chamado: Felicidade.

Gê Bender

Programador por ofício desde 1999, hoje é diretor da Mais Empresas - Tecnologia da Informação, empresa estabelecida no mercado há aproximadamente 10 anos. Entusiasta dos métodos ágeis para desenvolvimento de software e das técnicas de Lean Startup para o empreendedorismo digital.

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