Perdoem-me fãs do Garfield, perdoem-me adoradores de feriados, perdoem-me todos que amam reclamar todas as segundas, que no domingo já vão dormir contrariados apenas pelo fato de ser domingo à noite e levantam ainda mais indignados mesmo que o dia esteja lindo, os que não se contentam em apenas não gostar da segunda-feira, mas também fazem questão de recrutar a indignação alheia.  Sim, a vocês lhe digo: Adoro segunda-feira!

O trauma da segunda pra mim é mais um daqueles mitos que o povo acredita, sem saber por que, uma crença que ninguém sabe de onde veio e nem pra que serve. São coisas como o “casar engorda”, “homem é infiel mesmo”, “casamento é instituição falida”, “brasileiro é picareta” e muitas outras que de tanto serem repetidas infelizmente acabam se tornando verdade apenas pelo fato de serem aceitas como tal, sendo que na verdade não passam de ilusões baratas.

Até entendo que jovens estudantes de certa forma mereçam não gostar de acordar às seis da manhã pra estudar algo que não lhe agrada depois de um inesquecível fim de semana, afinal na adolescência todos os finais de semana são inesquecíveis. Melhor seria levar um domingo eterno, de curtição, namoro e bagunça!

Mas, mesmo que a juventude perdure, a adolescência um dia finda e logo chegam as responsabilidades, os compromissos. Vem a formatura, o primeiro emprego, os sonhos e as conquistas, quando são conquistadas, pois acredite, a êxito de nossos objetivos depende de como encaramos as segundas-feiras.  Carpe Diem, já diria o poeta, ou seja: Aproveite o dia! Faça acontecer, e isso se da no decorrer de uma semana bem aproveitada, que começa irremediavelmente em que dia?

A manhã de uma segunda-feira pra mim tem som de turbina de avião quando ele está taxiando, apontando seu bico na pista de decolagem, é aquela hora em que o arqueiro está prestes a soltar a flecha, com o arco bem esticado e a mira aprumada. A segunda-feira tem o potencial concentrado de todos os dias que virão. Está tudo ali, pronto pra ser executado. Agora diga, vale a pena reclamar?